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Amazônia xamânica: ameaçados de extinção, saberes peruanos chegam ao Brasil

“A ayahuasca me mostrou o que eu teria que fazer para encontrar minha verdade e o meu caminho”, afirma curandeiro peruano Neten Kea do povo Shipibo-Conibo, que virá ao Brasil este mês

Redação Psicodelicamente

Foto: Divulgação/Conexões Shipibo

O site Ecoa do UOL publicou uma reportagem do jornalista Carlos Minuano, editor da Psicodelicamente, sobre o curandeiro peruano Neten Kea do povo Shipibo-Conibo, que virá ao Brasil este mês. 

O curandeiro dirige um centro de tratamento com plantas medicinais amazônicas, em Pucallpa, chamado Sanken Mai (Terra da Medicina), na região de Ucayali, na Amazônia peruana, e acumula trinta anos dedicados ao uso medicinal da ayahuasca e de outras plantas. 

Lá, os irmãos curandeiros oferecem retiros de semanas ou meses. As principais enfermidades tratadas são a depressão, ansiedade, traumas e vícios. “Isso tem que ser feito com muito cuidado, porque trabalhar com a mente humana é muito delicado.”

O complexo e antigo conhecimento tradicional Shipibo é transmitido oralmente de geração a geração, mas está ameaçado de desaparecer por problemas como invasão de territórios e mineração ilegal, que colocam em risco não apenas a tradição, mas também a própria sobrevivência do povo indígena.

“A ayahuasca mostrou minha vida desde meu nascimento e o que eu teria que fazer para encontrar minha verdade e o meu caminho”, disse o xamã ao UOL. Depois da experiência, ele passou por um processo de aprendizado que durou 10 anos. Só depois, Neten começou a atender como curandeiro em sua comunidade.

Curandeiro peruano Neten Kea/Divulgação Conexões Shipibo

Conexões xamânicas

Neten viaja ao Brasil para difundir o conhecimento tradicional Shipibo-Conibo em uma série de cerimônias de ayahuasca no país. A viagem faz parte do Conexões Shipibo (@conexoes.shipibo), projeto que tem o sentido de contribuir para o fortalecimento do conhecimento tradicional indígena peruano. 

Serão realizados trabalhos em abril no Rio Grande do Sul, em maio em São Paulo, e na segunda metade do ano grupos irão ao Peru no centro indígena em Pucallpa. 

O uso ritualístico e religioso da bebida psicodélica ayahuasca é permitido no Brasil, por uma resolução de 2010 do Conad (Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas), mas não é recomendado para pessoas que sofrem de doenças psiquiátricas — como esquizofrenia e transtorno bipolar – ou doenças cardíacas.

Leia a reportagem completa no UOL.

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